11.3.11

Telhado de vidro. Três anos depois , eles estão por aí !

Autoridades de Campos dos Goytacazes presas pela PF há 3 anos na operação Telhado de Vidro


11 de março tornou-se uma data emblemática para Campos. Nesta sexta-feira se completa exatos três anos do mais nefasto capítulo da política de Campos, quando foi deflagrada a Operação “Telhado de Vidro”, pela Polícia Federal (PF), que resultou na prisão de várias pessoas, entre secretários municipais, assessores especiais e empresários, que foram levados da cidade algemados no avião da PF.


A Operação também resultou no afastamento do então prefeito, Alexandre Mocaiber (PSB), que ficou afastado das funções por 43 dias, a pedido da Procuradoria Regional da República da 2ª região.


A investigação originou-se do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que oito meses antes da Operação indicava uma movimentação financeira incomum na região. Ao longo das investigações foi apurado o favorecimento de empresas contratadas sem licitação, usadas como “laranjas”, dentre elas a filial da Cruz Vermelha em Nova Iguaçu e a Fundação José Pelúcio.


O superfaturamento dos shows realizados no município também foi alvo da investigação. O prejuízo para os cofres públicos foi estimado em R$ 240 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal.


A ação da Operação Telhado de Vidro contou com 150 agentes da PF, que também cumpriram 30 mandados de busca e apreensão em Campos e no Rio de Janeiro.


Gravações de conversas telefônicas e documentos confirmam a existência do direcionamento de licitações no município. O superintendente da PF no Rio de Janeiro, delegado Valdinho Jacinto Caetano, na época disse que “O prefeito não só sabia do esquema, como também se beneficiava dele”.


ENVOLDIDOS

* Alex Pereira Campos

(Procurador-Geral do Município);

* José Luis Maciel Púglia

(Secretário de Obras);

* Francisco de Assis Rodrigues

(Gerente-Geral de Desenvolvimento – status de secretário);

* Edilson de Oliveira Quintanilha

(ex-Secretário de Desenvolvimento);

* Tenente-coronel Eduardo Ribeiro Neto

(Subcomandante do 5º Grupamento de Incêndio do Corpo de Bombeiros de Campos – preso em flagrante com armas não registradas);

* Marco Antônio França Faria

(Presidente da Fundação José Pelúcio Ferreira);

* José Renato Muniz Guimarães

(Presidente da Cruz Vermelha de Nova Iguaçu);

* Ricardo Luiz Paranhos de Macedo Pimentel

(Empresário, apontado como o coordenador de todo o esquema);

* Marianna de Aratanha Pimentel

(Empresária e filha de Ricardo Luiz);

* Antônio Geraldo Fonseca Seves

(Empresário que controlaria cinco firmas de produção de shows e que teriam vencido 52 licitações);

* Fábio Lucas Fonseca Seves

(filho de Antônio);

* Santiago Pereira Nunes Perez, Fábio Lucas Fonseca Seves e Stephan Jakimow Nunes

(Empresários);

* Dilcinéia das Graças Freitas Batista

(Locutora de rádio com atuação política).


HABEAS CORPUS

Com exceção das pessoas que só tiveram decretada a prisão temporária, de cinco dias, os demais presos só começaram a ser libertados no dia 21 de janeiro, quando o Ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus a Ricardo Luiz Paranhos de Macedo Pimentel.


Francisco de Assis Rodrigues; Edílson de Oliveira Quintanilha; Alex Pereira Campos e Antônio Geraldo Fonseca Seves pediram extensão desta liminar e alguns dias depois também foram libertados.


PEDIDO DE PRISÃO

Dez meses depois da Operação Telhado de Vidro, o Ministério Público Federal (MPF) de Campos entrou com um novo pedido de prisão preventiva contra o ex-prefeito Alexandre Mocaiber (PSB), junto à 1ª Vara Federal de Campos, por envolvimento em desvio de verbas do Programa Saúde da Família (PSF), mas o pedido foi negado.

Um comentário:

  1. Essa quadrilha formada por Pimentel agora está tentado implantar o gás veicular em todo o Estado do Pará. Mais um golpe está para acontecer. Estão por aí usando laranjas de novo, tentando dar golpes em outros Estado. E vão conseguir de novo!
    E o que acontece com eles? NADA.

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