3.1.11

Sérgio Mendes abre o coração e revela a verdade sobre sua ruptura com Garotinho.

Resgate da verdade

Alguns anos se passaram, 15 precisamente, e evitei abordar este assunto, em que o deputado sub-júdice Anthony Garotinho me acusa, como é de seu feitio, de que fiquei devendo compromissos do nosso governo, ao sair. Assumimos a PMCG em 1993 e terminamos o nosso mandato em 1996. Na época a arrecadação média anual era de 75 milhões, nos quatro anos corresponderam a 350 milhões - Hoje temos 5,5 milhões por dia. No primeiro dia do nosso governo, nos deparamos com uma série de dívidas herdadas da sua administração, como inúmeras obras para pagar, creches e escolas, onde prédios foram inaugurados, porém estavam sem móveis, sem pessoal, sem crianças. Fiquei um ano sem receber royalties do petróleo, porque ele havia acordado, com a Petrobrás, a antecipação destes recursos. Tínhamos em torno de 5 mil funcionários terceirizados que no último dia de seu governo ele encerrou os contratos e deixou para que eu reecontratasse, assim o fiz sob pena de paralisar a máquina pública, e no dia 10 de janeiro de l993 paguei os seus respectivos salários que estavam sem receber desde dezembro. Em nenhum momento da nossa administração alardeei estas ações, pois sempre entendi que tinha sido eleito para resolver os problemas que estavam postos, e não para fazer teatro público, tentando denegrir a imagem de meu antecessor.

Em 1996, na minha sucessão, não fiz campanha, nem votei neste cidadão. A bem da verdade anulei o meu voto. Paguei um preço alto por isto, mas nunca me arrependi. Durante a campanha, a nossa administração o teve como o opositor mais ferrenho, apesar de na época, ele ocupar a presidência do meu partido, o PDT. Assim que começou o seu segundo governo, ele intensificou esta campanha contra tudo que eu havia feito. “Afirmou em todos os veículos de comunicação de que eu havia atrasado os salários de dezembro, só que ele não disse que faltando poucos dias para terminar o meu mandato, ele “convenceu” algumas pessoas do nosso governo - área fazendária - de que” não teríamos" recursos para pagar aqueles compromissos finais. Veja bem, eu não o apoiei, não votei nele, estes Cidadãos no afã de agradar o novo chefe, fizeram o seu jogo: cartada final! Só que ele não diz, que novamente demitiu mais de 4000 mil funcionários que trabalhavam na PMCG. Se pegarmos os jornais da época vamos observar que em março de 1997, o então prefeito de plantão, já anunciava um grande pacote de obras.

Fico estupefato com a sua "capacidade administrativa", apenas três meses depois do caos anunciado, já havia sanado os problemas e já ia iniciar as obras. Eta competência danada !

Em l997 eles abriram uma CPI - política, diga-se de passagem, tanto que o tempo provou - me fazendo inúmeras acusações de malversação do dinheiro público, encaminharam o relatório para o TCE, para o ministério público, não sei por que para todos os prefeitos da região - da época -, todos os presidentes de câmaras, todos os deputados estaduais e federais, também eleitos na região, enfim, acho que ele conseguiu seu intento com isto. Alguns anos se passaram, fiscais do TCE, aqui estiveram inspecionando as obras, e nada, absolutamente nada foi encontrado que desabonasse a minha conduta pública. Moral da história: minha conta voltou aprovada pelo TCE, e posteriormente por unanimidade na câmara de vereadores, inclusive com o voto de alguns que na época abriram a CPI política contra mim.

Acho que devia esta satisfação a opinião pública. Longe de mim, ter a pretensão de ser arauto de qualquer coisa, o que quero simplesmente é o resgate da verdade. No mais vamos seguir em frente, e continuar no trabalho de acompanhar e fiscalizar o atual governo da prefeita sub-júdice Rosinha GAROTINHO, que tem por dia 5,5 milhões, quer eles queiram ou não.

Saudações democráticas!

Por Sérgio Mendes (Ex-Prefeito de Campos) via email

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